Trabalhador é condenado por má-fé em disputa jurídica

Justiça condena trabalhador e advogados por má-fé em ação judicial. Alegações envolvem assinatura e procedimentos irregulares.

Trabalhador é condenado por má-fé em disputa jurídica

A decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2) trouxe reflexões importantes sobre a responsabilidade no manejo de processos judiciais. Um trabalhador e seus advogados foram condenados por litigância de má-fé, mesmo diante da alegação do autor de que desconhecia mecanismos adotados por seus representantes legais.

A magistrada responsável pelo caso, Thereza Christina Nahas, observou que, ainda que o trabalhador possuísse menor participação ativa nos atos processuais, ele consentiu com o envio de informações para os advogados por WhatsApp e permitiu que seu nome fosse utilizado em duas ações similares contra o ex-empregador. A inexistência de contato direto com os advogados não isentou a parte autora de sua responsabilidade compartilhada no litígio.

Conduta predatória e consequências

A prática identificada foi classificada como predatória e gerou consequências severas. A juíza extinguiu as duas ações sem julgamento de mérito e determinou a aplicação de multas e indenizações solidárias ao trabalhador e aos advogados. As punições foram organizadas da seguinte maneira:

  • Litigância de má-fé: multa de 10% do valor da causa.
  • Indenização à empresa prejudicada: quantia equivalente a 10% do valor da causa.
  • Penalidade adicional: aplicação de 2% do valor da causa, também solidariamente.

Este cenário destaca o esforço do Judiciário em combater tentativas de uso abusivo do sistema judicial. O caso iluminou comportamentos problemáticos que prejudicam a eficiência dos processos e impactam a coletividade jurídica.

Falsificação e irregularidades

Um detalhe agravante foi a suspeita de falsificação da procuração apresentada em juízo. Apesar de a Justiça do Trabalho não ter competência para avaliar a autenticidade destes documentos, a irregularidade demonstrou possível má conduta por parte dos advogados, que poderão ser investigados por órgãos competentes. Ofícios foram encaminhados para a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Corregedoria do TRT-2 e Ministérios Públicos (Federal, Estadual e do Trabalho). Essa comunicação busca apurar responsabilidades e adotar sanções cabíveis.

Repercussões para o trabalhador e a advocacia

Este caso serve como alerta para trabalhadores e cidadãos que buscam resoluções judiciais: escolher advocacia confiável e acompanhar de perto os procedimentos realizados é essencial. Por sua vez, a atuação ética na advocacia continua a ser uma prioridade para fortalecer a confiança no sistema legal e assegurar práticas justas.

A condenação solidária do trabalhador e de seus advogados reforça a importância da transparência e da boa-fé processual. Assim, evitar condutas abusivas torna-se imperativo para proteger a credibilidade e eficácia do Judiciário como meio de solução de conflitos.

Leia também:


Trabalhador é condenado por má-fé em disputa jurídica

Redação
Redação jornalística da Elias & Cury Advogados Associados.

Gostaria de falar conosco?

Agende uma consultoria com um advogado via WhatsApp!

Mais de 116 avaliações no Google

Consulte as avaliações, já foi atendido pelo escritório? Conte para nós a sua experiência!

🚨 Cuidado, não caia em GOLPES!

A Elias & Cury Advogados Associados NUNCA solicita pagamento de boletos, pix ou depósitos para liberação de qualquer valor referente a processos, fique atento!

Você pode gostar também

Leia outros artigos

TST condena empresas por abuso contra recreadora

TST condena empresas por abuso contra recreadora

Por • Publicado em 7 de fevereiro de 2025

Empresas de cruzeiros são condenadas pelo TST a pagar R$ 40 mil a recreadora por assédio moral e exigência abusiva de exames.

Leia mais
Gerente de loja sem descanso semanal receberá indenização

Gerente de loja sem descanso semanal receberá indenização

Por • Atualizado em 22 de novembro de 2024

Tribunal trabalhista condena empresa por não respeitar descanso semanal de gerente de loja, garantindo indenização ao trabalhador.

Leia mais
Concessionária é condenada por morte de atendente em pedágio

Concessionária é condenada por morte de atendente em pedágio

Por • Publicado em 29 de abril de 2025

TRT-2 condena concessionária a indenizar família por morte de atendente em pedágio devido a atropelamento por caminhão.

Leia mais

Contato

Use os nossos canais de comunicações!

Telefone
+55 11 3771 3100

Endereço
R. Edward Joseph, 122,
CJ 34 – Morumbi – SP







    * Todos os campos são necessários.