STJ revoga mandado de prisão por falta de intimação prévia

STJ revoga mandado por ausência de intimação prévia, alegando constrangimento ilegal e reforçando a jurisprudência.

STJ revoga mandado de prisão por falta de intimação prévia

A recente decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) marca um importante precedente jurídico ao anular um mandado de prisão expedido sem a devida prévia intimação do réu condenado. A ação foi conduzida pelo ministro Sebastião Reis Júnior, que considerou a medida irregular e em desacordo com a jurisprudência consolidada da corte.

Conforme estabelecido pela Resolução 474 do Conselho Nacional de Justiça, o condenado deve ser intimado antes da expedição do mandado, garantindo seu direito de apresentação voluntária. O caso reflete uma preocupação crescente no Judiciário em assegurar que os princípios do devido processo legal sejam rigorosamente respeitados.

Precedente ressaltado no caso

O caso envolve um homem condenado a um ano e seis meses de prisão no regime semiaberto pelo crime de calúnia. A defesa argumentou que o Tribunal de Justiça de São Paulo interpretou erroneamente a execução imediata do mandado sem a prévia notificação do apenado, ferindo a jurisprudência do STJ e o que está disposto na Resolução 474 do CNJ.

A decisão do ministro anulou o mandado de prisão expedido, determinando a notificação prévia do réu para cumprimento voluntário. Tal postura reforça o entendimento da Corte sobre a impossibilidade de aplicar uma ordem de prisão desconsiderando normas processuais que protegem o cidadão contra abusos legais.

Detalhes da fundamentação do STJ

O Supremo confirmou que expedir mandados sem intimação prévia configura constrangimento ilegal. A ação viola não apenas normas processuais como também os princípios de ampla defesa e contraditório consagrados pela Constituição Federal. O ministro reforçou que o ato representa uma ameaça à democracia e à confiança no sistema jurídico.

Ademais, a liminar expedida orienta que a Unidade Regional de Departamento Estadual de Execução Criminal de Campinas, responsável pelo caso, siga os protocolos previstos, alertando e intimando devidamente o réu. Essa decisão não apenas desconstitui o mandado, mas reafirma o papel essencial do Judiciário como garantidor do devido processo.

Implicações para o futuro

Este caso levanta debates importantes sobre a uniformização de procedimentos na expedição de mandados e a necessidade de atenção rigorosa à Resolução 474 do CNJ. Confira a decisão completa no documento oficial.

A atuação da defesa, liderada pelo advogado Cléber Stevens Gerage, foi decisiva para a consolidação do entendimento. Fatos como esses ressaltam que a proteção das garantias legais continua sendo um tema central no país, promovendo maior segurança jurídica e justiça processual.

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Redação jornalística da Elias & Cury Advogados Associados.

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