![Juiz suspende descontos de empréstimos fraudulentos Juiz suspende descontos de empréstimos fraudulentos](https://eliasecuryadv.com.br/wp-content/uploads/2025/02/thumbnail_juiz-suspende-descontos-de-emprestimos-fraudulentos_2639-800x400.png)
A decisão do juiz da vara única de Tabaporã, Mato Grosso, chamou atenção ao determinar a imediata suspensão dos descontos relacionados a dois empréstimos consignados fraudulentos vinculados ao benefício previdenciário de um correntista. A medida cautelar veio após o correntista comprovar que os contratos, totalizando R$ 65 mil, ocorreram sem sua autorização.
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O caso foi motivado por fraude envolvendo contato telefônico falso, que simulava ser a central de segurança do banco. Apesar de o banco reconhecer a irregularidade, os descontos permaneceram ativos, pressionando o magistrado a acatar o pedido de tutela de urgência.
Entenda o caso de fraude bancária
O problema começou quando o correntista foi induzido, por meio de ligação fraudulenta, a realizar transferências via Pix para supostamente solucionar uma compra indevida em seu cartão. Após a ação, descobriu a existência dos empréstimos fraudulentos, iniciando um prejuízo considerável em seus rendimentos.
Apesar de registrar reclamações junto à instituição financeira, não houve resposta efetiva, o que levou o cliente a iniciar ação judicial. No processo, ele requereu o cancelamento dos descontos em sua aposentadoria e também pediu reparação por danos materiais e morais.
A decisão judicial
O juiz Laio Portes Sthel destacou a gravidade dos descontos ilegais serem feitos sobre verba de natureza alimentar, essencial à subsistência do autor. Segundo o magistrado, o banco já havia identificado a fraude através de perícia investigativa, mas não tomou medidas para impedir os descontos.
Assim, a decisão liminar determinou que o banco cessasse imediatamente os débitos, sob pena de multa diária de R$ 500. Uma audiência de conciliação foi agendada para resolver o litígio entre as partes.
Implicações para consumidores e instituições financeiras
Casos como este destacam a vulnerabilidade dos consumidores diante de fraudes sofisticadas e a responsabilidade das instituições financeiras em proteger seus clientes. A falta de providências efetivas, mesmo com evidências de irregularidades, evidencia fragilidades nos protocolos de segurança.
Para clientes, recomenda-se extrema cautela em contatos telefônicos ou mensagens que solicitem informações financeiras ou pagamentos por Pix. Já os bancos devem reforçar políticas de transparência e resolução de problemas, a fim de prevenir danos irreparáveis à sua reputação e credibilidade.
Fonte do processo
O litígio tramita sob o número 1000890-11.2024.8.11.0094. A decisão liminar está disponível para consulta no arquivo oficial aqui.
Este caso serve como alerta à sociedade sobre os riscos de cibercrimes e sobre os direitos do consumidor perante situações fraudulentas.
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Redação
Redação jornalística da Elias & Cury Advogados Associados.