Servidora do TJ/SP é condenada por desvio milionário

Justiça condena servidora do TJ/SP a 16 anos por desviar R$ 2,4 milhões com alvarás falsos e ocultar valores em bens.

Servidora do TJ/SP é condenada por desvio milionário

A Justiça paulista sentenciou uma servidora do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ/SP) a 16 anos de prisão em regime inicial fechado por envolvimento no desvio de R$ 2,4 milhões. O esquema foi descoberto após a emissão de alvarás fraudulentos relacionados a processos judiciais.

Além da pena, a servidora perdeu o cargo público e teve bens confiscados, incluindo ouro e imóveis adquiridos para ocultação. A decisão destacou o impacto nos cofres públicos e na reputação do Judiciário. Outros envolvidos também foram condenados.

Decisão do magistrado

O juiz Paulo Fernando Deroma de Mello, da 1ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores, validou a materialidade e autoria dos crimes. Ele destacou que a ré agiu deliberadamente para ocultar valores desviados, inclusive transferindo recursos a terceiros e adquirindo bens de luxo.

A sentença também levou em consideração as ações da acusada para escapar da prisão. Conforme descrito no processo, ela recolheu passaportes, celulares e bens para preparar uma possível fuga. Segundo o magistrado, as ações evidenciaram a gravidade das intenções criminosas.

Esquema de desvio e ocultação

Entre os artifícios usados pela condenada, destacou-se a expedição de alvarás judiciais fraudulentos. Os valores desviados eram ocultados em contas de terceiros ou convertidos em bens, como ouro e imóveis registrados em nomes de terceiros.

  • Métodos utilizados:
    • Transferências bancárias fraudulentas para laranjas.
    • Aquisição de bens valiosos para lavagem de dinheiro.
    • Saques em espécie, dificultando o rastreamento.

O tribunal ainda evidenciou que o esquema não envolveu apenas a ré primária, mas contou com a colaboração de outros indivíduos, gerando um impacto financeiro significativo e prejudicando a confiança no sistema jurídico.

Consequências e penalidades

Como parte da condenação, a decisão determinou:

  • Perda de cargo público: Aplicação do artigo 92, inciso I, do Código Penal.
  • Confisco de bens: Imóveis e itens valiosos obtidos como produto do crime foram confiscados.
  • Reparação à imagem do Judiciário: A divulgação do caso causou sérias repercussões.

Além disso, a ré deverá pagar 76 dias-multa. O caso foi registrado sob o processo nº 1529734-63.2023.8.26.0050, estando disponível para consulta pública no portal do TJ/SP.

Impactos no Judiciário

O caso expôs fragilidades no sistema de controle interno do judiciário. Com ampla repercussão, especialistas reforçam a necessidade de mecanismos avançados que inibam condutas ilícitas por servidores. A decisão também é vista como um sinal de rigor contra a corrupção no setor público.

Este episódio reforça a importância de responsabilizar diretamente aqueles que ocupam posições de confiança no Judiciário. O objetivo é assegurar que práticas criminosas sejam tratadas com firmeza, preservando a credibilidade das instituições.

Leia também:


Servidora do TJ/SP é condenada por desvio milionário

Redação
Redação jornalística da Elias & Cury Advogados Associados.

Gostaria de falar conosco?

Agende uma consultoria com um advogado via WhatsApp!

Mais de 116 avaliações no Google

Consulte as avaliações, já foi atendido pelo escritório? Conte para nós a sua experiência!

🚨 Cuidado, não caia em GOLPES!

A Elias & Cury Advogados Associados NUNCA solicita pagamento de boletos, pix ou depósitos para liberação de qualquer valor referente a processos, fique atento!

Você pode gostar também

Leia outros artigos

Mãe condenada por abandono de incapaz após tragédia familiar

Mãe condenada por abandono de incapaz após tragédia familiar

Por • Publicado em 9 de janeiro de 2025

Mulher condenada pelo TJ/SP por abandono de incapaz após deixar a filha sozinha em casa, resultando em trágico suicídio.

Leia mais
STJ nega cela especial a advogado condenado por homicídio

STJ nega cela especial a advogado condenado por homicídio

Por • Publicado em 21 de janeiro de 2025

STJ indefere pedido de cela especial a advogado condenado por homicídio. Decisão mantém execução da pena em Manaus.

Leia mais
STJ nega anulação de pronúncia em caso de homicídio qualificado

STJ nega anulação de pronúncia em caso de homicídio qualificado

Por • Publicado em 15 de janeiro de 2025

STJ rejeita pedido para anular pronúncia em caso de homicídio, questionada três anos após decisão. Entenda os detalhes.

Leia mais

Contato

Use os nossos canais de comunicações!

Telefone
+55 11 3771 3100

Endereço
R. Edward Joseph, 122,
CJ 34 – Morumbi – SP







    * Todos os campos são necessários.