Presidente de partido é condenado por indenização a deputado chamado de “nazistinha”

Rui Costa Pimenta, presidente do PCO, é condenado a indenizar Kim Kataguiri em R$ 10 mil por dano moral após ofensas públicas.

Presidente de partido é condenado por indenização a deputado chamado de “nazistinha”

O presidente de um partido político conhecido nacionalmente foi condenado pela Justiça a pagar uma indenização ao deputado federal Kim Kataguiri. O caso envolveu declarações polêmicas feitas por Rui Costa Pimenta, líder do Partido da Causa Operária (PCO), que resultaram em uma decisão judicial desfavorável devido ao impacto na honra e imagem da parte ofendida.

O tribunal considerou declarações que ultrapassavam os limites do debate político, incluindo termos como “nazistinha” e “genocida”, como suficientes para justificar o dano moral. A indenização, fixada em R$ 10 mil, reflete a tentativa da Justiça em reprimir excessos nas manifestações públicas.

Decisão judicial e contexto do caso

De acordo com os autos, a ação foi motivada por comentários feitos por Rui Costa Pimenta em vídeo veiculado nas redes sociais. O episódio teve início quando Kim Kataguiri protocolou uma ação popular visando suspender o repasse de recursos federais para uma agência da ONU ligada à assistência palestina, alegando desvio de fundos. Em resposta, Pimenta acusou Kataguiri de pretender dificultar a ajuda humanitária à Palestina, o que resultaria em tragédia humanitária.

A juíza Tatiana Dias da Silva Medina, da 18ª Vara Cível de Brasília, rejeitou tais alegações como infundadas. Segundo a magistrada, não havia provas para fundamentar a acusação de que a ação do deputado visava um genocídio e condenou os ataques verbais como afronta à dignidade. O processo, registrado sob o número 0709798-32.2024.8.07.0001, está disponível na íntegra para consulta pública.

Leia aqui a íntegra da decisão.

Limites da liberdade de expressão

A decisão reacende o debate sobre os limites da liberdade de expressão, especialmente quando ela se confronta com a proteção à honra e à integridade moral. Termos como “palhaço”, “nazistinha” e “genocida” foram considerados pela Justiça como difamatórios e não cobertos pela livre manifestação de opinião. Segundo a juíza, trata-se de uma retórica ofensiva desprovida de respaldo fático que extrapola o contexto político.

Consequências práticas para o debate político

Casos como este evidenciam a necessidade de um debate político mais responsável. Para evitar situações semelhantes, especialistas indicam que as manifestações públicas precisam obedecer os princípios da urbanidade e do respeito mútuo.

Destaques sobre o caso:

  • Indenização estipulada em R$ 10 mil por danos morais;
  • Declarações analisadas como difamatórias e prejudiciais à reputação;
  • O princípio da liberdade de expressão deve ser equilibrado com o direito à honra.

Em um ambiente de crescente polarização, o julgamento surge como um convite para refletir sobre como a retórica pública pode ser usada de forma ética e respeitosa sem violar os direitos alheios.

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Redação
Redação jornalística da Elias & Cury Advogados Associados.

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