O que saber sobre pensão alimentícia

Entenda os aspectos essenciais da pensão alimentícia, incluindo direitos, cálculo de valores, obrigações e possíveis reajustes.

O que saber sobre pensão alimentícia

A pensão alimentícia é um instrumento jurídico essencial para o equilíbrio das relações familiares, garantindo que as necessidades básicas de sobrevivência dos beneficiários sejam atendidas.

Vinculada à proteção dos direitos fundamentais, ela busca assegurar a dignidade e bem-estar das partes envolvidas, especialmente em situações de vulnerabilidade econômica.

Definição e importância da Pensão Alimentícia

Pensão alimentícia é o valor pago para suprir as necessidades básicas de quem não possui meios de prover totalmente sua própria manutenção. Esse montante abrange a alimentação propriamente dita, mas também custos com moradia, vestuário, educação e saúde. O objetivo é garantir um nível de vida adequado, respeitando as particularidades de cada situação e as capacidades financeiras do devedor.

Quem tem direito a receber Pensão Alimentícia?

Podem ser beneficiários da pensão alimentícia os filhos, ex-cônjuges e ex-companheiros de união estável. Para os filhos de pais separados ou divorciados, a pensão é obrigatória até que atinja a maioridade (18 anos) ou até os 24 anos, caso ainda estejam cursando o pré-vestibular, ensino técnico ou superior.

Além disso, é indispensável que não tenham condições financeiras para arcar com os próprios estudos. Já para o ex-cônjuge ou ex-companheiro, a pensão será devida mediante a comprovação de necessidade, sendo essa obrigação de caráter transitório, durando o tempo necessário para a reestruturação econômica do beneficiário.

Cálculo e pagamento da Pensão Alimentícia

O valor da pensão alimentícia é calculado com base nas necessidades do beneficiário e nas possibilidades financeiras do devedor. Não existe um percentual fixo determinado; o cálculo é personalizado para garantir a subsistência do beneficiário sem comprometer significativamente a condição do pagador. Recomenda-se a fixação de um percentual incidindo diretamente sobre os rendimentos líquidos do pagador, especialmente quando há vínculo empregatício formal, assegurando atualização automática e pagamento contínuo.

Considerações especiais:

  • Se o ex-cônjuge ou ex-companheiro casar-se novamente, perde o direito à pensão.
  • A pensão alimentícia do filho permanece até que atinja a maioridade ou, em casos específicos, até os 24 anos.
  • Em situação de novo casamento do pagador, a obrigação da pensão persiste, podendo haver revisão do valor conforme as novas circunstâncias.

Igualdade de direitos entre homens e mulheres

A legislação brasileira assegura que tanto homens quanto mulheres possuem direitos e deveres iguais no que concerne ao pagamento de pensão alimentícia. Se o homem comprovar necessidade e a mulher tiver condições financeiras para tanto, ele tem o direito de solicitar pensão. De igual modo, em casos onde a mãe não possui a guarda dos filhos, mas tem capacidade financeira, ela será responsável pelo pagamento da pensão.

Consequências do não pagamento da pensão

O inadimplemento da pensão alimentícia acarreta severas sanções jurídicas, como:

  • Prisão civil: O devedor pode ser preso por até três meses em regime fechado se não justificar a falta de pagamento.
  • Penhora de Bens: Para dívidas mais antigas, pode-se penhorar bens do devedor, incluindo contas bancárias, veículos e imóveis.
  • Protesto: A negativação do nome do devedor em instituições financeiras, impactando seu crédito.

Pagamento alternativo por familiares

Em situações onde os pais não dispõem de recursos financeiros, a responsabilidade pelo pagamento da pensão pode ser direcionada a outros familiares, como avós, tios ou irmãos. Contudo, essa responsabilidade é provisória e, uma vez que os pais recuperem condições financeiras, a obrigação retorna a eles.

Reajuste e extinção da pensão

A pensão alimentícia pode ser ajustada conforme mudanças nas condições econômicas das partes envolvidas. Procedimentos judiciais permitem a revisão para aumentar, reduzir ou extinguir a pensão, de acordo com novas evidências apresentadas. Para filhos, o pagamento cessa normalmente aos 18 ou 24 anos, conforme os critérios já mencionados. No caso dos ex-cônjuges, o término ocorre quando a necessidade não mais se justifica.

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Redação
Redação jornalística da Elias & Cury Advogados Associados.

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