A decisão proferida pela 3ª Vara Cível e Empresarial Regional de Maringá, no Paraná, marcou um importante capítulo no processo de recuperação judicial de uma empresa de transporte agropecuário. O juiz Juliano Albino Manica deferiu o pedido, protegendo a devedora contra expropriações por 180 dias, período previsto pela Lei de Recuperação Judicial.
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A medida assegura que os veículos essenciais às operações da empresa, como caminhões e semirreboques, não sejam apreendidos ou leiloados, promovendo estabilidade econômica durante a reestruturação. O advogado Orlando Anzoategui destacou a decisão como essencial para viabilizar o soerguimento financeiro da empresa.
Decisão do magistrado
Fundamentação legal
A concessão de recuperação judicial foi fundamentada nos parâmetros previstos pela Lei nº 11.101/2005, que concede suspensão temporária de expropriações (o chamado stay period). O juiz Juliano Manica declarou que os veículos listados e seus documentos são indispensáveis para a retomada das atividades, sendo considerados bens essenciais ao desenvolvimento econômico da empresa.
Risco evitado
O magistrado argumentou que a retirada dos veículos durante o processo dificultaria significativamente a recuperação financeira da transportadora, o que poderia inviabilizar sua continuidade no mercado. Por isso, foi determinado que a empresa mantenha a posse desses bens ao menos durante os 180 dias de imunidade concedidos.
A importância do setor agropecuário
De acordo com Anzoategui, advogado da parte devedora, a decisão reflete o impacto econômico enfrentado por transportadoras que atuam no segmento agropecuário, um setor altamente afetado por desafios climáticos e baixa rentabilidade em 2023. A manutenção dos bens assegura condições operacionais mínimas e reforça a proteção ao segmento, essencial para a economia brasileira.
Documento oficial e acompanhamento processual
Os interessados podem obter mais detalhes sobre a medida judicial no processo nº 0029348-54.2024.8.16.0017, disponível para consulta. O texto integral da sentença também está acessível em PDF via este link para consulta externa.
Com essa decisão, o Poder Judiciário reforça a importância de salvaguardar empresas estratégicas e garante sua viabilidade econômica, reforçando os princípios de recuperação judicial.
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Redação
Redação jornalística da Elias & Cury Advogados Associados.