Um recente julgamento no Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJ-DF) destacou um caso de erro médico com graves implicações legais e sociais. O Distrito Federal foi condenado ao pagamento de indenização por danos morais e à concessão de pensão vitalícia para uma criança e seus pais, após um atendimento equivocado durante o parto em um hospital público.
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O incidente resultou em sequelas neurológicas irreversíveis na criança, intensificando o debate sobre a responsabilidade objetiva do Estado em situações de negligência médica. A decisão unânime reforça a necessidade de qualidade nos serviços públicos de saúde.
Decisão da responsabilidade do estado
A 7ª Turma Cível do TJ-DF confirmou que a responsabilidade do Estado, em casos envolvendo seus agentes, é objetiva, ou seja, basta comprovar o dano e o nexo causal com a conduta. Conforme o acórdão, a falha no diagnóstico e a ausência de atenção à bradicardia fetal no início do trabalho de parto foram decisivas para o agravamento do quadro clínico da criança.
Um laudo pericial reforçou que a falta de exames específicos e o inadequado monitoramento durante o procedimento resultaram nas graves sequelas. Segundo o tribunal, houve imperícia e imprudência por parte da equipe médica no cuidado.
Valores fixados no julgamento
A condenação estabeleceu indenizações de R$ 60 mil à criança e R$ 50 mil a cada genitor por danos morais. Além disso, a decisão impôs o pagamento de uma pensão vitalícia de dois salários-mínimos mensais, a partir da data do ocorrido. Ainda que o Distrito Federal tenha contestado o valor e apontado suposta responsabilidade da mãe, essas alegações foram rejeitadas pelo colegiado.
Os valores foram considerados razoáveis pelo tribunal diante da gravidade das consequências para a vítima e seus familiares, reforçando o caráter pedagógico e compensatório da medida.
A importância do monitoramento no parto
O caso serve como alerta sobre a relevância do monitoramento adequado durante o parto, especialmente em casos que indicam possíveis complicações, como a bradicardia fetal. Exames e diagnósticos precisos, além de decisões rápidas e embasadas, são fundamentais para evitar tragédias semelhantes.
Erros médicos como este não apenas impactam a saúde da criança, mas também geram abalos significativos para as famílias envolvidas. Reforçam, ainda, a necessidade de maior investimento nas práticas e na capacitação das equipes de saúde pública.
Leia o acórdão completo
Para maiores detalhes, o acórdão completo da decisão está disponível em: Acordão TJ-DF.
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Redação
Redação jornalística da Elias & Cury Advogados Associados.